Senador defende performance em debate sobre assistolia fetal e critica decisão do STF sobre prática de aborto após 22 semanas.

Na última terça-feira (18), o senador Eduardo Girão, do partido Novo-CE, fez um pronunciamento no Senado defendendo a performance realizada por uma artista durante uma sessão sobre assistolia fetal, que aconteceu na segunda-feira (17) no Plenário da Casa. Durante a sessão, a artista encenou um feto sendo abortado, o que gerou grande repercussão na imprensa e nas redes sociais.

Segundo o senador Girão, a apresentação artística feita pela artista Nyedja Gennari, do Distrito Federal, teve como objetivo dar voz às crianças e mostrar a crueldade e desumanidade do aborto na 22ª semana de gestação. O senador destacou a importância da liberdade de expressão e da expressão artística como forma de conscientização sobre temas delicados como este.

Além disso, Girão criticou a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que veda a prática de assistolia em gestações com mais de 22 semanas. A assistolia fetal consiste na injeção de substâncias na cavidade uterina para causar a perda das funções vitais do feto. O senador argumentou que a injeção letal de cloreto de potássio é extremamente dolorosa e que até mesmo países que adotam a pena de morte estão restringindo seu uso.

Girão também defendeu um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive nos casos de estupro. Para o senador, o governo federal e a mídia estão distorcendo a essência do texto do projeto de lei e usando mentiras para atacá-lo.

Diante das polêmicas geradas pela performance artística na sessão do Senado e pelas discussões em torno da assistolia fetal, o debate sobre o aborto e seus impactos na sociedade continua em pauta no cenário político brasileiro. A defesa da vida e a proteção dos direitos dos nascituros são temas sensíveis que envolvem questões éticas, morais e jurídicas que precisam ser debatidas com responsabilidade e respeito às diferentes opiniões.

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