O motivo da manifestação ocorre justamente no momento em que se inicia a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para deliberar sobre os juros básicos da economia. Na última reunião, realizada no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, chegando a 10,5% ao ano. No entanto, a queda na velocidade do corte tem preocupado os sindicalistas, que atestam que a taxa no Brasil ainda continua elevada.
Neiva Ribeiro dos Santos, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, declarou que a alta taxa de juros no país impede investimentos e beneficia especuladores financeiros. Segundo ela, a cada ponto percentual que os juros se mantêm elevados, significa uma transferência de recursos significativa que poderiam ser direcionados para áreas como saúde, educação e infraestrutura.
Além disso, Neiva destaca que as altas taxas de juros também impactam no endividamento das famílias brasileiras. A última ata da reunião do Copom não sinalizou novos cortes, mostrando que os membros do colegiado estão preocupados com as expectativas de inflação acima da meta estabelecida para este ano, que é de 3%.
A tendência de manutenção dos juros, segundo a pesquisa realizada pelo Banco Central, indica que os executivos das instituições financeiras esperam a manutenção do patamar atual. Com isso, o debate em torno da taxa básica de juros permanece em destaque, envolvendo diversos setores da sociedade e evidenciando a importância de políticas monetárias que impactam diretamente na economia do país.
