Votação do projeto do marco regulatório para produção de hidrogênio de baixa emissão é transferida para sessão deliberativa.

Na sessão deliberativa desta quarta-feira (19), foi transferida a votação do projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor. O PL 2.308/2023, que era o primeiro item da pauta do Plenário na terça-feira (18), teve sua análise adiada devido à apresentação de 20 novas emendas por senadores.

O projeto em questão define regras e benefícios com o objetivo de estimular a indústria de hidrogênio combustível no Brasil, contribuindo para a descarbonização da matriz energética do país. A proposta cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que engloba diversas iniciativas como o Programa Nacional do Hidrogênio e o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), além do Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio.

Segundo o texto aprovado, o Rehidro prevê incentivos creditícios e tributários com vigência de cinco anos, com metas e acompanhamento do poder público. O regime suspenderá a cobrança do PIS/Pasep e da Cofins sobre a aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e outros itens por parte dos produtores habilitados.

O projeto também prevê a participação de empresas no Rehidro que atuem em diversas etapas da cadeia produtiva do hidrogênio, como transporte, distribuição e comercialização. Além disso, empresas que produzirem biogás e energia elétrica a partir de fontes renováveis destinadas à produção de hidrogênio também serão beneficiadas.

O sistema de certificação do hidrogênio será fundamental para atestar as características do processo produtivo e dos insumos utilizados, garantindo a qualidade e a origem do produto. As diretrizes para a execução das políticas de incentivo serão definidas pelo Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio, que contará com representantes do Executivo federal, estados, comunidade científica e setor produtivo.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será responsável por autorizar a produção e importação de hidrogênio, com a ressalva de que apenas empresas brasileiras sediadas no país poderão realizar tais atividades. Este projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento da indústria de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil, fortalecendo a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. A expectativa é que a votação ocorra de forma construtiva e que o marco regulatório proposto traga benefícios significativos para o setor.

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