De acordo com os dados levantados, no período de janeiro a maio deste ano, uma área equivalente a 178.700 campos de futebol, totalizando 1.276 km², foi afetada pelo fogo. A cidade de Corumbá, localizada no Mato Grosso do Sul, concentra a maior parte dos incêndios, com 1.291 focos registrados até o momento, sendo a região com maior incidência de queimadas no bioma pantaneiro e no país.
O Inpe registrou 2.246 queimadas no bioma até meados de junho, um número que se aproxima do patamar de 2020, quando ocorreu a maior devastação já registrada no Pantanal, com 2.315 focos até junho daquele ano. Além disso, somente no mês de junho de 2024, foram contabilizados 1.434 focos, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2020, que registrou 406 focos.
Diante desse cenário preocupante, os governos estaduais anunciaram investimentos e a proibição do uso do fogo nas propriedades, como medidas emergenciais para combater os incêndios. O governo federal também criou uma sala de situação interministerial para coordenar ações de prevenção e controle dos incêndios e secas em todos os biomas, com foco inicial no Pantanal.
A seca recorde na região, aliada à previsão de temperaturas acima do normal até agosto, aumenta o risco de propagação do fogo no Pantanal. A convergência entre fenômenos climáticos e o aquecimento global tem agravado a situação, tornando urgente a necessidade de medidas efetivas para proteger esse importante bioma brasileiro.
Com a grave situação enfrentada pelo Pantanal, é essencial uma mobilização conjunta de todas as esferas governamentais e da sociedade civil para evitar que mais áreas sejam devastadas pelo fogo e para promover a preservação desse ecossistema único e fundamental para a biodiversidade nacional. A responsabilidade de proteger o Pantanal é de todos nós.
