Os balões juninos, conhecidos por serem inflamáveis e não tripulados, representam um perigo em potencial para a vegetação e residências. Recentemente em São Vicente, uma grande queda de balão assustou os moradores ao cair sobre cinco casas, felizmente sem causar feridos. Em maio, um balão provocou um incêndio no Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, ressaltando como essa prática pode ser prejudicial para o meio ambiente.
A soltura de balões é uma das principais causas de incêndios na flora, conforme relatado pelo governo de São Paulo. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística já aplicou 40 autos de infração ambiental nos primeiros cinco meses deste ano, um aumento de 135% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, a Enel Distribuição São Paulo registrou 30 ocorrências com balões na rede elétrica da região metropolitana de São Paulo, impactando mais de 6 mil clientes.
Além dos problemas ambientais, soltar balões também representa um risco para a aviação civil. Os radares muitas vezes não conseguem detectar os balões, o que aumenta o perigo de colisões com aeronaves. O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, lançou uma campanha de conscientização sobre os riscos dessa prática, com ações em escolas próximas ao aeroporto.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos destaca que o impacto da colisão de um balão com uma aeronave pode ser extremamente grave, podendo chegar a 250 toneladas dependendo do tamanho e velocidade do balão. Portanto, é fundamental que a população esteja ciente dos perigos de soltar balões e evite essa prática ilegal.