Canadá inclui Guarda Revolucionária do Irã em lista de grupos terroristas e pede saída de cidadãos do país islâmico

O governo do Canadá tomou uma decisão histórica ao incluir a Guarda Revolucionária do Irã em sua lista de grupos terroristas, juntando-se aos Estados Unidos nessa classificação. O ministro da Segurança, Dominic LeBlanc, anunciou essa medida em uma coletiva de imprensa, destacando a gravidade da situação ao afirmar que o Irã demonstrou desprezo pelos direitos humanos e um desejo de desestabilizar a ordem internacional.

Com essa inclusão, o Canadá agora tem poderes para congelar ativos e processar membros da Guarda Revolucionária, além de proibir qualquer transação financeira com eles. Essa ação coloca a Guarda Revolucionária ao lado de cerca de 80 outros grupos, incluindo Hamas, Al Qaeda, Hezbollah, Talibã, Estado Islâmico, Boko Haram e os Proud Boys dos Estados Unidos.

Essa medida não é isolada e ocorre em meio a uma longa história de tensões entre Canadá e Irã. O Canadá chegou a processar o Irã na Corte Internacional de Justiça por causa do incidente em que um avião ucraniano foi derrubado em 2020. Desde então, Ottawa adotou várias sanções contra organizações e funcionários iranianos em resposta aos protestos desencadeados no Irã pela morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos.

Além disso, o Canadá proibiu a entrada de 10.000 funcionários iranianos em seu território, incluindo membros da Guarda Revolucionária. Essas ações refletem a determinação do Canadá em responsabilizar o Irã por seus atos e em proteger seus cidadãos de potenciais ameaças relacionadas a esse grupo terrorista.

Portanto, a inclusão da Guarda Revolucionária do Irã na lista de grupos terroristas do Canadá representa um marco nas relações entre esses dois países e demonstra a postura firme do governo canadense em relação à segurança nacional e aos direitos humanos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo