Eduardo Girão provoca Lula e políticos de direita criticam fala sobre gestações decorrentes de estupro: “Criança não é monstro”

Em meio a polêmicas e críticas, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), fez declarações controversas sobre gestações decorrentes de estupros. Durante uma entrevista à rádio CBN, o político questionou “que monstro vai sair do ventre dessa menina?”, despertando indignação e rebatimentos por parte de políticos de direita.

No Plenário do Senado, o senador Eduardo Girão, do partido Novo do Ceará, reagiu, citando uma audiência realizada um dia antes, na qual houve demonstrações sobre o processo de aborto. Girão afirmou que a reunião provocou a fala polêmica de Lula e destacou que indivíduos concebidos em casos de estupro não devem ser chamados de monstros, como defendido pelo presidente.

Girão trouxe à tona casos reais, como o da deputada Fátima Pelaes, do PMDB do Amapá, que revelou ter sido concebida em um ato de violência sexual. O senador ressaltou que as vítimas de estupro e seus filhos não são monstros, mas sim inocentes, e apontou a necessidade de aumentar as penas para os agressores.

Além de Girão, o senador Cleitinho, do partido Republicanos de Minas Gerais, também se manifestou no Plenário, destacando que a criança resultante de um estupro é uma vítima, assim como a mãe. O parlamentar enfatizou que o verdadeiro monstro é o estuprador e defendeu medidas de prevenção para evitar essas situações.

Nas redes sociais, a família Bolsonaro e seus aliados expressaram repúdio ao posicionamento de Lula. Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, criticou a fala do presidente, enquanto seus irmãos, Eduardo e Carlos Bolsonaro, também se pronunciaram, destacando discordância e indignação com as declarações de Lula.

A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, rebateu Lula em um vídeo, ressaltando a importância de combater a violência sexual e proteger as crianças geradas nessas circunstâncias, em vez de chamá-las de monstros. Deputados como Chris Tonietto e Nikolas Ferreira também utilizaram as redes sociais para criticar o posicionamento do presidente.

Diante da repercussão, o governo editou o vídeo da entrevista de Lula e compartilhou nas redes sociais oficiais, ocultando o trecho polêmico. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, compartilhou o conteúdo editado. A discussão continua acalorada nas redes sociais e nas esferas políticas, evidenciando a complexidade e a sensibilidade do tema abordado por Lula em sua polêmica declaração.

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