A Associação SOS Homophobie não poupou críticas ao presidente, acusando-o de usar a transfobia como estratégia para atacar seus adversários políticos. Segundo a associação, Macron estaria instrumentalizando as minorias em sua busca pelo poder. A proposta de mudança de sexo no registro civil fez parte do programa eleitoral da Nova Frente Popular, uma aliança de partidos de esquerda que se encontra em segundo lugar nas pesquisas eleitorais.
Embora a França já autorize a modificação do registro civil de pessoas transexuais desde 1992, inicialmente era necessária uma “prova médica irreversível de transformação física”. Em 2016, essa exigência foi alterada para uma compilação de fatos que indicassem a incongruência entre o registro civil e a identidade de gênero da pessoa.
Diante dessas declarações polêmicas de Macron, o presidente da Inter-LGBT expressou sua preocupação com a atitude do chefe de Estado francês, acusando-o de inflamar um contexto já tenso de transfobia. Mesmo com a reiteração da oposição de Macron à proposta da Nova Frente Popular, o entorno do presidente defendeu seu histórico de avanços em questões sociais.
Em meio a essa controvérsia, é importante ressaltar o papel dos líderes políticos no debate sobre identidade de gênero e diversidade sexual, abordando essas questões com respeito e sensibilidade. A declaração de Macron ressalta a importância de um diálogo inclusivo e respeitoso sobre temas sensíveis como a transição de gênero e os direitos LGBTQIAPN+.
