A comunidade egípcia foi duramente atingida, com mais de 600 nacionais entre as vítimas fatais. O calor extremo foi apontado como a principal causa das mortes, em um evento que já contava com um total de 922 óbitos registrados. Muitos relataram histórias desesperadoras, como a de um marido em busca de sua esposa desaparecida desde o auge da peregrinação ao Monte Arafat.
O Facebook e outras redes sociais se tornaram ferramentas de auxílio na busca por entes queridos, com fotos de desaparecidos circulando amplamente. O hajj, considerado um dos cinco pilares do Islã, atraiu cerca de 1,8 milhão de peregrinos este ano, sendo 1,6 milhão deles vindos do exterior.
Além das tragédias já vivenciadas, as autoridades sauditas indicam que o evento enfrentou altas temperaturas nos últimos anos, refletindo uma preocupante tendência de aumento gradual nos termômetros dos locais de peregrinação. Milhares de peregrinos procuram cumprir o hajj de forma irregular, devido aos altos custos das opções oficiais.
Neste momento de luto e desespero, as histórias de famílias separadas e vidas perdidas marcam a peregrinação do hajj deste ano como uma das mais trágicas da história recente. A esperança de encontrar aqueles que estão desaparecidos se mantém viva, enquanto o mundo lamenta as perdas significativas causadas por esse evento religioso tão importante para milhões de muçulmanos.