De um lado, os representantes do Incra defenderam os resultados dos assentamentos promovidos pela entidade, apesar dos recursos limitados disponíveis. Eles destacaram a importância desses assentamentos para reduzir os conflitos no campo e para promover uma distribuição mais justa e igualitária das terras no país. Além disso, o presidente do Incra, César Aldrighi, ressaltou os desafios enfrentados pelo governo atual para retomar os projetos do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Por outro lado, os representantes do setor rural cobraram providências contra as invasões de terra, que associaram à atuação de movimentos sociais. Eles destacaram um aumento significativo no número de invasões ilegais de terras em 2023 e pediram a discussão de soluções para impedir ocupações irregulares. José Henrique Bernardes, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ressaltou que o número de invasões teve um “salto” nesse período e cobrou critérios mais rígidos na seleção de famílias para os programas de reforma agrária.
Diante desse cenário, os debates e discussões durante a audiência pública evidenciaram a complexidade e a sensibilidade do tema. A necessidade de encontrar um equilíbrio entre a reforma agrária, a regularização fundiária e a segurança jurídica dos produtores rurais se mostrou fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e justo no campo brasileiro. A transparência, a democracia e a busca por soluções que atendam às demandas de todas as partes envolvidas se apresentam como caminhos possíveis para superar os desafios existentes e construir um futuro mais promissor para o setor agrícola do país.
