Os acusados, identificados como Luis López, Juan Iriarte, Jean Carlos Rivas e Ismael González, foram detidos e acusados de incitação ao ódio e associação pelo procurador-geral do país, Tarek William Saab. Além disso, outras duas pessoas ligadas ao comando de campanha foram solicitadas pela Justiça pelos mesmos crimes.
Durante um evento de campanha em La Guaira no início de junho, os acusados teriam agido de forma agressiva em direção ao Comando da Guarda Nacional Bolivariana, de acordo com Saab, que alega que tentaram entrar à força no local com o intuito de causar danos aos efetivos.
Enquanto isso, González Urrutia afirmou que os prefeitos de Trujillo e Nueva Esparta foram injustamente inabilitados por expressarem apoio à sua candidatura. A oposição denunciou que os acusados não foram informados sobre o local de detenção e foram apresentados aos tribunais sem a presença de seus advogados.
Esses acontecimentos evidenciam uma crescente onda de perseguição política na Venezuela, refletida no caso de González Urrutia e nos prefeitos inabilitados. A inabilitação política tem sido uma estratégia recorrente do chavismo para eliminar opositores do cenário político. Atualmente, o país conta com 278 “presos políticos”, conforme registros da ONG Foro Penal Venezolano.
Esses eventos indicam um cenário político conturbado no país, à medida que a perseguição e criminalização da atividade eleitoral são denunciadas pela oposição, enquanto o governo acusa os adversários de conspirarem para derrubá-lo. A situação política na Venezuela continua sendo alvo de controvérsias e disputas entre diferentes facções.
