Segundo Villatoro, o objetivo desse acordo é criar espaços de análise especializados para desenhar estratégias e desenvolver ferramentas inovadoras para combater a criminalidade. Este é um desafio que ambos os países enfrentam diariamente e, unindo forças, eles acreditam que podem obter resultados mais significativos nessa luta.
No entanto, vale ressaltar que o regime de exceção salvadorenho, que serve de inspiração para o governo argentino, tem sido alvo de críticas de organismos de defesa dos direitos humanos. Relatórios apontaram casos de tortura, asfixia, choques elétricos e outras violações graves dos direitos humanos contra presos durante o regime de exceção de Bukele.
A visita de Bullrich a El Salvador teve como objetivo conhecer de perto o modelo aplicado pelo presidente Nayib Bukele para neutralizar as gangues violentas e restaurar a tranquilidade no país. Durante a visita, foram compartilhadas informações e ações implementadas no Plano de Controle Territorial, que tem proporcionado resultados significativos na segurança do país.
Bullrich teve a oportunidade de visitar uma megaprisão inaugurada em 2022, que tem capacidade para 40 mil presos. Além disso, ela se encontrou com Bukele para discutir estratégias de segurança e trocar experiências nesse combate ao crime organizado.
Desde 2019, Bukele tem adotado medidas enérgicas para lidar com as gangues, incluindo um regime de emergência que permite prisões sem ordem judicial. Esse regime foi implementado em resposta a uma escalada de violência que assolou o país em 2022, resultando na morte de dezenas de pessoas.
Em suma, a assinatura desse acordo de cooperação entre El Salvador e Argentina marca um momento importante na luta contra o crime organizado na região. Espera-se que essa parceria traga resultados positivos e contribua para a segurança e o bem-estar da população de ambos os países.
