Desde o final do mês passado, Magda exerce o cargo de presidente da Petrobras e sua dedicação ao tema da transição energética já havia sido anunciada em sua primeira coletiva de imprensa. Durante a cerimônia de posse, ela reafirmou seu compromisso em conciliar a busca pela rentabilidade da empresa com a contribuição para os desafios enfrentados pelo país, além de liderar uma transição energética justa e inclusiva.
A nova presidente enfatizou o papel do gás natural como um “combustível de transição” e anunciou que 11% dos investimentos da Petrobras serão destinados a projetos de baixo carbono. Além disso, Magda revelou planos para fortalecer as áreas de energias renováveis, como a energia eólica, solar e hidrogênio, e ressaltou a importância de explorar novas fronteiras sem prejudicar a segurança energética do país.
Durante o evento, que ocorreu no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, a presença do presidente Lula trouxe um simbolismo especial, sendo a primeira vez em 12 anos que um chefe de Estado participa da posse de um presidente da Petrobras nas instalações da empresa. Diversos membros do governo e parlamentares também estiveram presentes para prestigiar o evento.
Magda Chambriard também mencionou seu orgulho em assumir a presidência da Petrobras, relembrando o início de sua carreira na empresa aos 22 anos. Ela destacou a importância da Petrobras como um pilar da soberania energética do país e ressaltou a missão dada a ela pelo presidente de movimentar a empresa em prol do crescimento econômico do Brasil.
Além disso, a nova presidente anunciou investimentos em projetos sociais, ambientais e culturais, enfatizando o compromisso social da Petrobras. Ela anunciou uma doação de R$ 30 milhões para os afetados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul e recebeu elogios do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que destacou sua visão abrangente e compromisso com o desenvolvimento do país.
No entanto, um desafio imediato para Magda será lidar com a mobilização dos trabalhadores da Petrobras, que estão convocando um ato nacional em frente à sede da empresa para reivindicar soluções para questões relacionadas à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e problemas envolvendo planos de saúde e aposentadoria. Agora, a nova presidente terá que mostrar habilidade para conciliar as demandas dos trabalhadores com os desafios da transição energética e rentabilidade da empresa.