Os principais materiais encontrados foram PET e polipropileno, comumente utilizados em embalagens de alimentos, bebidas e outros itens do dia a dia. Os pesquisadores sugerem que o pênis pode ser especialmente vulnerável à contaminação por microplásticos devido ao alto fluxo sanguíneo durante as ereções.
Ranjith Ramasamy, pesquisador da Universidade de Miami e autor do estudo, ressaltou a vulnerabilidade do pênis, um órgão vascular e esponjoso. Ele enfatizou a complexidade da disfunção erétil, que envolve hormônios, nervos, suprimento sanguíneo e tecido muscular liso. A presença de microplásticos na musculatura lisa do pênis levanta preocupações sobre possíveis danos e disfunções.
Os microplásticos podem ser ingeridos através da alimentação, bebidas e respiração, alcançando até a corrente sanguínea. Estas partículas podem causar inflamação nos tecidos, semelhante ao efeito das partículas de poluição do ar. Além disso, substâncias químicas presentes nos plásticos podem causar danos, sendo associadas a riscos de acidente vascular cerebral e ataques cardíacos.
Ramasamy destacou a necessidade urgente de mais pesquisas para investigar o potencial impacto dos microplásticos na disfunção erétil e na infertilidade masculina. Estudos anteriores já indicaram o declínio na contagem de espermatozoides, com possíveis ligações com a poluição química. A presença de microplásticos em tecidos penianos abre novas perspectivas sobre o impacto dessas partículas na saúde sexual masculina.
Portanto, a conscientização sobre os riscos associados aos microplásticos é fundamental, visto que seu impacto na saúde humana está sendo cada vez mais explorado. A pesquisa ressalta a importância de reduzir a exposição a esses poluentes para preservar a saúde sexual e reprodutiva dos homens.
