Projeto que equipara o aborto por estupro ao homicídio é considerado “irracional” pelo presidente do Senado em pronunciamento.

Na última terça-feira (18), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez uma declaração marcante no Plenário ao classificar como “irracionalidade” o projeto que propõe equiparar ao crime de homicídio o aborto após 22 semanas no caso de estupro. Para ele, essa proposta não tem o menor cabimento, lógica ou razoabilidade. Pacheco enfatizou que, caso aprovada pela Câmara dos Deputados, a matéria não será votada rapidamente no Senado, sendo primeiramente debatida nas comissões permanentes.

O presidente do Senado também se comprometeu a respeitar a posição da Bancada Feminina, que tem uma reunião marcada para esta quarta-feira (19) para analisar o assunto. Por sua vez, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) ressaltou que a legislação já prevê o direito ao aborto em casos de risco para a mãe, bebê anencéfalo e estupro.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o projeto não será mais votado diretamente em Plenário, mas sim será discutido em uma comissão representativa no segundo semestre. Essa decisão de Lira demonstra o peso e a complexidade do tema, que exige um debate aprofundado e cuidadoso.

A questão do aborto é extremamente sensível e polarizadora na sociedade, envolvendo questões éticas, morais e de saúde pública. Assim, o posicionamento dos líderes políticos sobre o assunto é crucial para orientar os próximos passos legislativos. A sinalização de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira indica que o tema será tratado com a devida seriedade e cautela, visando o melhor interesse da população e o respeito às diferentes perspectivas envolvidas. A discussão certamente continuará e será acompanhada de perto pelos cidadãos e pela imprensa.

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