Senadora critica sessão polêmica no Senado e repudia projeto de lei que equipara aborto a homicídio após 22 semanas

Na última terça-feira (18), a senadora Soraya Thronicke, do partido Podemos de Mato Grosso do Sul, fez duras críticas à realização de uma sessão de debates temáticos no Plenário do Senado sobre assistolia fetal. Durante sua fala, a senadora também expressou seu repúdio ao projeto de lei (PL) 1.904/2024, em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar o aborto após 22 semanas, inclusive nos casos de estupro, ao crime de homicídio.

Segundo Thronicke, a sessão temática não contou com vozes contrárias e ainda teve a encenação de um aborto por uma atriz, fato que levou a senadora a questionar se haveria também uma encenação de estupro de criança no Plenário do Senado. A senadora afirmou que a Bancada Feminina é a favor da vida e destacou que o aborto é proibido no Brasil, exceto em casos de feto anencéfalo, risco de morte da mãe e estupro.

Thronicke criticou o projeto de lei em questão, reforçando que a legislação atual já considera o aborto como um crime, porém não penaliza em casos de estupro, pois o trauma da vítima já é uma punição suficiente. A senadora ainda provocou os parlamentares homens, questionando qual seria a postura deles se suas filhas ou parceiras fossem vítimas de estupro e engravidassem.

Ao final de seu pronunciamento, Soraya Thronicke enfatizou que a discussão sobre o tema do aborto deve ser realizada levando em consideração a diversidade de opiniões e crenças presentes na sociedade, respeitando a liberdade individual e a laicidade do Estado. A senadora reiterou sua posição contrária ao PL 1.904/2024, mantendo-se fiel à legislação atual que prevê as exceções para a prática do aborto.

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