Amoroso, que é próximo ao chavismo, excluiu o bloco da observação eleitoral há um mês, logo após a ratificação de medidas punitivas contra cerca de 50 funcionários da Venezuela, embora uma contra ele tenha sido suspensa. Em entrevista, ele afirmou: “Se não houver o levantamento das sanções e do bloqueio contra o povo da Venezuela, contra os doentes, contra os estudantes, contra as pessoas de certa idade, não há absolutamente nada a conversar. Nem pensar que possam vir à Venezuela quando desprezam todos os venezuelanos”.
Amoroso destacou que ainda não foram recebidas quaisquer comunicações da Europa, mas que a expectativa é de que as sanções sejam levantadas para que o convite seja reestabelecido. O bloco havia solicitado a reconsideração da decisão anterior.
O convite à UE foi parte de um acordo eleitoral assinado no ano passado pelo governo e pela oposição em Barbados, com mediação da Noruega, que estabeleceu a eleição para o segundo semestre de 2024.
Além da UE, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) também convidou em março o Centro Carter, os BRICS e a União Africana para observar as eleições. O presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato, enquanto seu principal adversário será Edmundo González Urrutia, designado pela principal aliança opositora para representar a líder inabilitada María Corina Machado.
A presença da UE nas últimas eleições de prefeitos e governadores em 2021 identificou melhorias consideráveis no sistema de votação, mas também constatou irregularidades. A missão da UE foi interrompida abruptamente depois que Maduro os chamou de “inimigos” e “espiões”.