Cresce número de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, chegando a 120 milhões, aponta relatório da Acnur

Segundo dados divulgados pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo estão vivendo como refugiadas devido a perseguições, conflitos, violência e violação de direitos. Esse número representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior, formando o 12º país mais populoso se todos estivessem juntos.

Esse crescimento é mais do que o dobro do que foi registrado há uma década, quando o número de pessoas deslocadas era de 59 milhões. Segundo Miguel Pachioni, oficial de comunicação da Acnur, esse aumento constante de refugiados representa um desafio para a comunidade internacional, visto que os recursos disponíveis não são suficientes para lidar com essa crise humanitária.

Dos mais de 120 milhões de pessoas deslocadas no mundo, mais de 43 milhões são refugiados que necessitam de proteção internacional. A definição de refugiado exige que a pessoa tenha deixado seu país de origem devido a perseguições, conflitos ou violações de direitos humanos graves e generalizadas.

O Brasil tem sido um destino para muitos refugiados, devido à sua legislação considerada uma das mais avançadas do mundo no que diz respeito ao acolhimento de refugiados. Em 2023, o governo brasileiro reconheceu mais de 77 mil pessoas como refugiadas, o maior número da história do sistema de refúgio nacional.

No entanto, o processo de integração desses refugiados no Brasil ainda necessita de melhorias, principalmente em relação à barreira linguística e à falta de informação sobre oportunidades de emprego. As dificuldades enfrentadas pelos refugiados, como discriminação e falta de documentação, podem ser superadas por meio de uma responsabilidade compartilhada entre o poder público, a iniciativa privada e instituições como a academia.

Para marcar o Dia Mundial do Refugiado, a Acnur está promovendo uma série de eventos em várias partes do Brasil, com o tema “Esperança longe de casa: por um mundo inclusivo com as pessoas refugiadas”. Eventos como seminários, trabalhos com refugiados e atividades culturais estão sendo realizados para conscientizar a população sobre a importância da integração dos refugiados na sociedade.

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