Segundo especialistas, as datas representadas nos mapas estavam incorretas em relação aos períodos geológicos que deveriam indicar. Marcos Roberto Pinheiro, professor da Universidade de São Paulo, apontou que os períodos Permiano, Triássico, Jurássico e Cretáceo estavam mal representados, com as imagens do Jurássico e Cretáceo trocadas entre si. Além disso, os anos descritos nas figuras estavam errados, o que poderia prejudicar a compreensão correta da história geológica da Terra pelos estudantes.
O IBGE reconheceu os equívocos e informou que já corrigiu a versão digital do atlas, disponibilizando erratas para a versão impressa até agosto. A versão online já recebeu ajustes, e a versão em e-book terá correções feitas até o final deste mês. A instituição ressaltou que todas as edições desde 2002 passam por correções e que a versão digital facilita esse processo.
Outra controvérsia envolvendo o atlas foi a representação do Brasil no mapa-múndi, sendo colocado no centro do mapa político. O IBGE justificou essa escolha como uma forma de destacar a presidência do país no G20 e sua importância geopolítica. O professor Pinheiro ponderou que essa representação não é necessariamente problemática, mas reflete um posicionamento nacionalista e de valorização da identidade do Brasil.
No geral, o Atlas Geográfico Escolar do IBGE é uma importante publicação que fornece dados amplos sobre o clima, vegetação, divisão político-regional, entre outros aspectos geográficos. Apesar dos percalços, a instituição reforça seu compromisso em corrigir os erros e disponibilizar informações corretas e atualizadas para os estudantes e demais interessados na área.
