As acusações incluem o pagamento de apenas 8 dólares por dia aos funcionários, cerca de R$ 43, por 18 horas de trabalho, além de reterem os passaportes dos empregados para restringir sua liberdade. A defesa da família alegou que os baixos salários eram apenas parte da remuneração, incluindo alojamento e alimentação.
Os Hinduja, originários da Índia, controlam um conglomerado empresarial avaliado em R$ 256 bilhões, com atividades que vão desde construção civil até o setor bancário. Fundado em 1914, o império foi ampliado para o Irã e posteriormente para o Reino Unido. Após a morte de Srichand, um dos filhos do fundador, em 2023, o irmão mais novo assumiu a liderança do grupo em Londres.
Além de seus negócios lucrativos, a família possui valiosos imóveis no Reino Unido, como o hotel Raffles em Whitehall e parte do Carlton House Terrace. O Grupo Hinduja emprega cerca de 200 mil funcionários em todo o mundo.
O julgamento dos Hinduja na Suíça chamou a atenção da imprensa internacional, revelando que os trabalhadores recebiam salários em rúpias indianas e eram obrigados a trabalhar longas horas, sem folgas. O Ministério Público suíço pede penas de até cinco anos e meio de prisão para os acusados por tráfico humano.
A família Hinduja enfrenta acusações graves de exploração de trabalhadores em sua propriedade na Suíça, mostrando que os laços de sangue nem sempre são garantia de harmonia e justiça.