O solstício, palavra originada do latim que significa Sol parado, se refere ao fato de que, quando observado a olho nu, o astro parece concluir sua trajetória ao atingir esse ponto. Segundo o astrônomo Thiago Gonçalves, o solstício ocorre duas vezes ao ano, sendo em junho e dezembro. Isso acontece devido à inclinação do eixo da Terra, fazendo com que um hemisfério do planeta fique mais exposto à luz solar enquanto o outro fica menos exposto, marcando o início do verão em um e do inverno no outro.
Em junho, é o Hemisfério Sul que recebe menos incidência solar, levando a noite mais longa do ano. Com a aproximação do planeta e do Sol, as noites vão diminuindo até que atinjam o equinócio, ponto em que dia e noite têm a mesma duração e os hemisférios são igualmente iluminados. Esse fenômeno ocorre duas vezes ao ano, em setembro e março, dando início ao outono e à primavera, respectivamente.
As regiões mais próximas à Linha do Equador, como o Norte e o Nordeste brasileiro, sofrem menos mudanças, enquanto os Polos Sul e Norte ficam mais perto ou distantes do Sol devido à inclinação. A cada ciclo até o próximo solstício de inverno, são 365 dias, 48 minutos e 46 segundos. A correção do calendário é feita a cada quatro anos, com o ano bissexto somando 366 dias devido aos minutos e segundos a mais.
Portanto, com a chegada do inverno, o Hemisfério Sul poderá desfrutar dessa estação mais fria do ano, observando as mudanças no clima e na vegetação que são influenciadas pela posição da Terra em relação ao Sol.