Em um comunicado, Netanyahu afirmou estar disposto a sofrer ataques pessoais, desde que Israel receba os equipamentos necessários para a guerra pela sua existência. Essa declaração foi feita após o premiê acusar o governo americano de reter armas e munições destinadas a Israel.
Entretanto, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reagiu prontamente, dizendo que não sabiam do que Netanyahu estava falando. Além disso, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, classificou os comentários do premiê israelense como “profundamente decepcionantes e certamente ofensivos”, levando em consideração o histórico de apoio dos EUA a Israel.
A polêmica se deu em relação à revisão de um carregamento de bombas de 2.000 libras, por parte dos Estados Unidos, devido ao receio de que fossem usadas em áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza. Diante disso, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, agendou uma reunião com autoridades israelenses para discutir o assunto.
Essa situação ressalta a complexidade das relações entre Israel e os EUA, que são parceiros militares, mas que têm pontos de discordância em relação ao conflito em Gaza. Enquanto Israel luta contra o grupo islamista Hamas, a Casa Branca expressou repúdio ao número crescente de mortos na região. A reunião entre autoridades dos dois países é um passo importante para tentar resolver essa crise e manter a parceria estratégica entre Israel e os Estados Unidos.