Renan Calheiros ressaltou que a proposta, que chegou a ser pautada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e posteriormente foi retirada, seria um desestímulo ao Tribunal Superior Eleitoral e àqueles que agem corretamente no processo eleitoral. O senador enfatizou a singularidade do Brasil em financiar integralmente todas as eleições e partidos políticos, afirmando que a anistia para aqueles que cometeram crimes e desviaram verbas públicas é inaceitável.
Além disso, o parlamentar criticou o alto valor dos recursos destinados aos partidos políticos, que já ultrapassam a marca de R$ 7 bilhões. Renan sugeriu que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, comece a redução dos gastos públicos pelos fundos Partidário e Eleitoral, alegando que o financiamento público não pode ser universal para garantir o equilíbrio das contas do país.
Para o senador, o Brasil precisa seguir o exemplo de outros países e reavaliar seu modelo de financiamento das eleições, garantindo que haja um limite para a utilização de recursos públicos. Renan Calheiros encerrou seu discurso defendendo a necessidade de o país voltar a um padrão mais equilibrado de financiamento, preconizando mudanças nos fundos partidário e eleitoral para garantir a sustentabilidade das contas públicas.
Diante das críticas do senador Renan Calheiros, a proposta de emenda à Constituição que concede perdão às multas dos partidos políticos deve enfrentar resistência e debate intenso no cenário político nacional. A repercussão das declarações do senador demonstra a relevância do tema e a necessidade de um amplo debate em torno do financiamento das eleições e dos partidos políticos no Brasil.