China passa a punir com pena de morte defensores da independência de Taiwan em meio a tensões políticas e militares crescentes.

A China anunciou recentemente uma nova medida que inclui na lista de crimes puníveis com pena de morte os casos considerados “particularmente graves” de pessoas que são identificadas como “ferrenhas” defensoras da independência de Taiwan. Essa informação foi divulgada pela imprensa estatal nesta sexta-feira, 21 de junho.

Desde 1949, China e Taiwan estão separadas de fato, após as tropas comunistas vencerem a guerra civil no continente e os nacionalistas se refugiarem na ilha. Taiwan adotou um regime democrático nos anos 1990, o que gerou ainda mais tensões entre os dois territórios.

Nos últimos anos, Pequim tem intensificado sua pressão sobre Taiwan em busca da “reunificação”, e recentemente realizou manobras militares próximas à ilha. O presidente Lai Ching-te é considerado por Pequim como um “perigoso separatista” que poderá trazer “guerra e declínio” para Taiwan.

As autoridades chinesas divulgaram diretrizes que impõem sanções penais, incluindo a pena de morte, para os “cabeças” de tentativas separatistas que causem danos particularmente graves ao Estado e à população. Outros defensores da independência de Taiwan podem pegar penas que variam de 10 anos de reclusão à prisão perpétua.

Taiwan reagiu rapidamente afirmando que Pequim não tem jurisdição legal sobre o território. O Conselho de Assuntos Continentais da ilha destacou que as ações das autoridades chinesas só irão provocar confrontos e não contribuirão para avanços nas relações bilaterais através do estreito de Taiwan.

Essa decisão da China tem gerado preocupações e críticas por parte de diversos países e organizações internacionais, que temem o agravamento das tensões na região. A situação entre China e Taiwan continua sendo um dos principais focos de atenção no cenário geopolítico mundial.

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