Desde 1949, China e Taiwan estão separadas de fato, após as tropas comunistas vencerem a guerra civil no continente e os nacionalistas se refugiarem na ilha. Taiwan adotou um regime democrático nos anos 1990, o que gerou ainda mais tensões entre os dois territórios.
Nos últimos anos, Pequim tem intensificado sua pressão sobre Taiwan em busca da “reunificação”, e recentemente realizou manobras militares próximas à ilha. O presidente Lai Ching-te é considerado por Pequim como um “perigoso separatista” que poderá trazer “guerra e declínio” para Taiwan.
As autoridades chinesas divulgaram diretrizes que impõem sanções penais, incluindo a pena de morte, para os “cabeças” de tentativas separatistas que causem danos particularmente graves ao Estado e à população. Outros defensores da independência de Taiwan podem pegar penas que variam de 10 anos de reclusão à prisão perpétua.
Taiwan reagiu rapidamente afirmando que Pequim não tem jurisdição legal sobre o território. O Conselho de Assuntos Continentais da ilha destacou que as ações das autoridades chinesas só irão provocar confrontos e não contribuirão para avanços nas relações bilaterais através do estreito de Taiwan.
Essa decisão da China tem gerado preocupações e críticas por parte de diversos países e organizações internacionais, que temem o agravamento das tensões na região. A situação entre China e Taiwan continua sendo um dos principais focos de atenção no cenário geopolítico mundial.