Os dados revelam que a região mais prejudicada foi Palmares do Sul, onde mais de duas mil colmeias foram destruídas. Em todo o estado, cerca de 66 municípios registraram perdas de colmeias, com as abelhas ficando submersas ou sendo arrastadas pela água das enchentes.
A coordenadora executiva do Programa Observatório de Abelhas do Brasil, Betina Blochtein, destacou a gravidade da situação, enfatizando que muitas colmeias acabaram submersas e as abelhas morreram devido à inundação. Além disso, as colmeias parcialmente atingidas pela água ou em risco devido à falta de alimentos para as abelhas não foram contabilizadas no levantamento.
A perda dessas colmeias representa um duro golpe para a economia e para a agricultura da região. O Rio Grande do Sul é responsável por grande parte da produção de maçãs no Brasil, uma cultura altamente dependente da polinização feita pelas abelhas. A polinização é essencial para aumentar a produtividade dos cultivos, melhorar a qualidade dos frutos e sementes e valorizar os produtos no mercado.
A especialista Vera Lucia Imperatriz Fonseca ressaltou a importância de se preparar para lidar com as consequências das mudanças climáticas e enfatizou a necessidade de uma política de restauração e adaptação para enfrentar esses desafios. Diante desse cenário preocupante, é fundamental que medidas sejam tomadas para proteger as abelhas e garantir a sustentabilidade da apicultura no estado do Rio Grande do Sul.