O autor principal do estudo, Bastien Lechat, do Flinders Health and Medical Research Institute (FHMRI), enfatizou a importância de considerar o ronco como um fator relevante nos cuidados de saúde e no tratamento de distúrbios relacionados ao sono. Ele destacou que o ronco é uma ocorrência comum, mas muitas vezes subestimada em termos de suas consequências para a saúde.
Os pesquisadores também observaram que os participantes que roncavam regularmente tinham quase o dobro de risco de desenvolver hipertensão não controlada. Esse risco aumentava ainda mais em pessoas que roncavam regularmente e também sofriam de apneia do sono. O estudo utilizou dados de monitoramento do sono e de pressão arterial coletados ao longo de nove meses em mais de 12.000 participantes ao redor do mundo.
Os resultados indicam a necessidade de investigar a eficácia de intervenções terapêuticas direcionadas ao ronco para reduzir os riscos relacionados à hipertensão. Os pesquisadores acreditam que essa abordagem pode ser uma maneira eficaz de controlar a pressão arterial em pessoas com excesso de peso e ronco noturno regular.
Essa descoberta destaca a importância de considerar o ronco como um sintoma relevante e potencialmente prejudicial para a saúde, especialmente quando se trata de problemas cardiovasculares como a hipertensão. Novas pesquisas podem ajudar a esclarecer ainda mais a relação entre ronco e pressão arterial elevada, abrindo caminho para intervenções terapêuticas mais eficazes nesse campo.