Somente nesta quinta-feira foi anunciado o afastamento dos empregados relacionados ao caso. O CEO da American Airlines, Robert Isom, emitiu uma nota aos funcionários onde classificou o incidente como “inaceitável” e reconheceu que a empresa falhou em cumprir seus compromissos. Isom afirmou estar responsabilizando os envolvidos, incluindo a remoção de membros da equipe de serviço.
A companhia aérea também anunciou diversas iniciativas para prevenir situações semelhantes, como a criação de um “grupo consultivo” focado na experiência de passageiros negros. Na ação judicial movida pelos três homens, que não se conheciam e não estavam sentados juntos, eles alegaram que foram retirados do voo junto com outros passageiros negros por mais de uma hora e meia, sendo escolhidos apenas por sua cor de pele.
Os autores da ação descreveram a situação como traumática, perturbadora e humilhante. Um dos homens, Xavier Veal, relatou ao Washington Post que a experiência foi “horrenda” e destacou a realidade da vida de um homem negro na América. A American Airlines está empenhada em reconstruir a confiança com organizações de direitos civis e em melhorar seus procedimentos para evitar futuros incidentes de discriminação racial.
Essa não é a primeira vez que a American Airlines enfrenta acusações de discriminação. Em 2017, a NAACP aconselhou viajantes negros a evitarem a companhia devido a um padrão de comportamento discriminatório. A empresa suspendeu o aviso no ano seguinte, mas em junho deste ano a NAACP ameaçou restabelecê-lo se a American Airlines não respondesse de forma rápida e decisiva ao caso de discriminação racial de janeiro.