Segundo informações da PF, a apuração tem como objetivo esclarecer dispensas de licitações realizadas entre a Prefeitura de Garanhuns e uma ONG, que atuava possivelmente como uma empresa de fachada na prestação de serviços nas áreas mencionadas. Durante a operação, documentos e mídias foram apreendidos e serão analisados para verificar se houve lavagem de dinheiro na celebração de contratos com dispensa de licitação, realizados em 2023 no valor de R$ 10 milhões e R$ 7,6 milhões.
A empresa investigada foi descrita pela PF como sem empregados registrados e presidida por uma pessoa que teria sido beneficiária de assistência social do governo durante a pandemia, possivelmente atuando como “laranja” no esquema de dispensa irregular de licitação. Diante dessas graves acusações, o G1 entrou em contato com a Prefeitura de Garanhuns, que informou que colaborou com a busca de documentos solicitados pelo Ministério Público Federal na Secretaria de Educação.
A Prefeitura ainda garantiu que os documentos foram entregues de forma presencial, embora o Ministério Público Federal tenha alegado não ter recebido os mesmos. A gestão municipal também esclareceu que o contrato da empresa investigada é exclusivamente com a Secretaria de Educação, o que justifica a busca apenas nesse órgão. Quanto aos recursos do Fundeb, a Prefeitura negou qualquer utilização inadequada e solicitou esclarecimentos à suposta entidade envolvida. A situação revela um escândalo que levanta questões sobre a fiscalização e transparência no uso de verbas públicas, demandando uma investigação detalhada para apurar todas as irregularidades envolvidas.