Essa ação aconteceu logo após esses prefeitos oferecerem apoio ao candidato de consenso da oposição, Edmundo González Urrutia, que deverá enfrentar o atual presidente Nicolás Maduro nas eleições. Entre os políticos afetados estão Heriberto Tapia, José Carrillo, Dilcia Rojas, Keiver Peña, Servando Godoy, Wilmer Delgado, Yohanthi Domínguez, Francisco Aguilar, Iraima Vásquez e José María Fermín.
A página do CNE informa que, de acordo com a normativa constitucional, eles estão proibidos de exercer cargos públicos. Tapia, um dos prefeitos afetados, se pronunciou nas redes sociais, chamando a medida de “atrocidade” e denunciando a falta de regularidade no processo.
Além disso, o procurador-geral do regime chavista, Tarek William Saab, confirmou a detenção e acusação de cinco ativistas opositores vinculados a partidos contrários ao governo. Eles foram acusados de “incitação ao ódio” após participarem de manifestações.
Essas inabilitações políticas têm sido cada vez mais comuns dentro do chavismo, minando a liderança e a oposição. A popular María Corina Machado é um exemplo disso, já que não pôde assumir sua candidatura presidencial apesar de ter sido eleita numa consulta popular.
González Urrutia condenou a medida e afirmou que continuará lutando por um país livre de perseguição política. Ele se recusou a assinar um acordo na CNE ao lado de outros candidatos, destacando que é o único, atualmente, com chances reais de vencer Maduro.
O clima político na Venezuela está cada vez mais tenso, com inabilitações, detenções e acusações de incitação ao ódio. A comunidade internacional está atenta aos desdobramentos desses acontecimentos no país.