Prefeitos venezuelanos opositores são inabilitados para cargos públicos às vésperas das eleições presidenciais.

Dez prefeitos venezuelanos eleitos estão enfrentando uma situação complicada, já que foram inabilitados para exercer cargos públicos pelos próximos 15 anos. A sanção veio da Controladoria Geral da República e foi imediatamente cumprida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão eleitoral encarregado de organizar as próximas eleições presidenciais que ocorrerão em 28 de julho.

Essa ação aconteceu logo após esses prefeitos oferecerem apoio ao candidato de consenso da oposição, Edmundo González Urrutia, que deverá enfrentar o atual presidente Nicolás Maduro nas eleições. Entre os políticos afetados estão Heriberto Tapia, José Carrillo, Dilcia Rojas, Keiver Peña, Servando Godoy, Wilmer Delgado, Yohanthi Domínguez, Francisco Aguilar, Iraima Vásquez e José María Fermín.

A página do CNE informa que, de acordo com a normativa constitucional, eles estão proibidos de exercer cargos públicos. Tapia, um dos prefeitos afetados, se pronunciou nas redes sociais, chamando a medida de “atrocidade” e denunciando a falta de regularidade no processo.

Além disso, o procurador-geral do regime chavista, Tarek William Saab, confirmou a detenção e acusação de cinco ativistas opositores vinculados a partidos contrários ao governo. Eles foram acusados de “incitação ao ódio” após participarem de manifestações.

Essas inabilitações políticas têm sido cada vez mais comuns dentro do chavismo, minando a liderança e a oposição. A popular María Corina Machado é um exemplo disso, já que não pôde assumir sua candidatura presidencial apesar de ter sido eleita numa consulta popular.

González Urrutia condenou a medida e afirmou que continuará lutando por um país livre de perseguição política. Ele se recusou a assinar um acordo na CNE ao lado de outros candidatos, destacando que é o único, atualmente, com chances reais de vencer Maduro.

O clima político na Venezuela está cada vez mais tenso, com inabilitações, detenções e acusações de incitação ao ódio. A comunidade internacional está atenta aos desdobramentos desses acontecimentos no país.

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