A proposta, que teve sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 14 votos a 12, prevê a instalação de cassinos em polos turísticos e em complexos integrados de lazer, como hotéis de alto padrão e locais para eventos culturais. A hipótese de emissão de uma licença para um cassino em cada estado e no Distrito Federal também está sendo considerada, com algumas exceções em estados mais populosos.
A exploração de jogos de azar é proibida no Brasil desde 1946, e a discussão sobre a legalização de cassinos tem gerado polêmica entre os parlamentares, com argumentos que vão desde o aumento do vício em jogos até a criação de ambientes propícios para a prostituição e o consumo de drogas. Contudo, os defensores do projeto alegam que a medida traria benefícios econômicos, geração de empregos e desenvolvimento turístico para as regiões onde os cassinos seriam instalados.
Lula, apesar de não ser favorável aos jogos, afirmou que não considera a prática um crime e questionou a diferença entre a proibição de jogos de azar e a presença de programas de apostas na televisão e nas redes sociais, que também influenciam a prática do jogo. Ele ressaltou que a solução para os problemas do Brasil não está na legalização dos cassinos, mas sim em investimentos na educação, geração de empregos e distribuição de renda.
Além da questão dos cassinos, o presidente também comentou sobre a decisão de importar arroz para estabilizar os preços do produto no mercado interno. Os leilões para a importação de 1 milhão de toneladas do grão estão mantidos, mas houve a anulação de um leilão anterior devido a fragilidades no processo. Lula reafirmou o compromisso do governo em garantir que o arroz chegue às mesas dos brasileiros a preços mais acessíveis, visando a segurança alimentar da população.
Com todo esse contexto em debate, a decisão de Lula sobre a legalização dos cassinos e as medidas adotadas em relação à importação de arroz serão cruciais para o futuro do país e para a economia brasileira como um todo.
