Uma dessas raças, o rastreador brasileiro, é conhecido por seu faro apurado, urro alto e resistência ao clima do centro-norte do Brasil. Criado nos anos 1950 por Oswaldo Aranha Filho, o rastreador brasileiro foi inicialmente desenvolvido para auxiliar caçadores. No entanto, sua aptidão para busca e salvamento o tornou um parceiro valioso para bombeiros, polícias e exército.
Além disso, na vida doméstica, os rastreadores brasileiros são descritos como animais tranquilos, dóceis, alegres e apegados aos tutores. Mesmo sendo reservados na presença de estranhos, não possuem traços de agressividade.
Com relação às características físicas, o rastreador brasileiro é de grande porte, com peso entre 20kg e 30kg, e possui uma pelagem curta bicolor na maior parte do corpo. Sua cabeça apresenta orelhas longas e coloração caramelo/alaranjada com focinho branco, lembrando um pouco o beagle.
Um fato relevante sobre o rastreador brasileiro é que nos anos 1970, a raça foi afetada por uma epidemia de piroplasmose, levando muitos exemplares à morte. Porém, após um trabalho intenso de revitalização, seleção e reconstrução da raça, liderado por um grupo de criadores, o rastreador brasileiro foi reconhecido novamente pela Federação Cinológica Internacional (FCI), ocupando o padrão de número 275 no grupo 6 de cães tipo hound, sabujo e rastreadores.
Atualmente, o Brasil possui criadores de rastreador brasileiro em diversos estados, especialmente na região centro-norte, como Acre e Amazonas. A cinofilia, que é o estudo e criação de raças, é orientada e dirigida pela CBKC no país. Mediante essa confederação, são tomadas decisões para garantir o bem-estar dos animais e a manutenção das raças.
Portanto, o ressurgimento e reconhecimento do rastreador brasileiro como uma raça valorizada internacionalmente mostram a importância da preservação e valorização das raças brasileiras.