O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ben Cardin, destacou a importância da proposta, denominada Lei de Monitoramento Regional de Vendas de Armas nas Américas (ARMAS). De acordo com o texto divulgado, a transferência da autoridade sobre armas pequenas do Departamento de Comércio para o Departamento de Estado, a criação de um programa interinstitucional de combate ao tráfico e uma maior supervisão do Congresso são os principais pontos do projeto.
Além disso, o congressista Joaquín Castro apresentou uma proposta semelhante na Câmara dos Representantes, evidenciando a preocupação com a segurança e a estabilidade na região. Os senadores Tim Kaine, Chris Murphy e Dick Durbin também estão envolvidos no projeto, destacando a necessidade de agir contra os traficantes de armas e evitar que armas ilegais caiam nas mãos de organizações criminosas.
A situação no México é um exemplo das consequências do contrabando de armas dos EUA. O governo mexicano tem protestado contra esse fluxo ilegal, responsabilizando comerciantes e fabricantes americanos pelo aumento da violência no país. Durante o governo de Andrés Manuel López Obrador, cerca de 50 mil armas de contrabando foram confiscadas, sendo a maioria proveniente dos Estados Unidos.
Com um fluxo anual estimado em aproximadamente 500 mil peças, o tráfico de armas é apontado como uma das principais causas da violência criminal no México. A proposta dos senadores democratas visa combater essa realidade e promover a segurança e a estabilidade na região.