No mês passado, Bannon perdeu a primeira rodada de seu recurso e um tribunal federal de apelações decidiu que o veredicto era adequado. Após essa derrota, um juiz determinou que Bannon se apresentasse à Justiça até 1º de julho para cumprir a sentença inicial.
A Suprema Corte dos EUA, composta por uma maioria conservadora, é a última esperança de Bannon para adiar sua ida à prisão. Em caso de adiamento, a defesa argumenta que Bannon não representa um perigo para a comunidade.
Bannon, em declarações recentes a repórteres, afirmou que nada o calará, mesmo diante da possibilidade de prisão. Ele também fez alertas públicos sobre possíveis prisões de opositores de Trump, caso o ex-presidente seja eleito novamente em novembro.
Outro aliado de Trump, Peter Navarro, tentou sem sucesso anular sua sentença de desacato ao Congresso e atualmente cumpre pena na prisão. Trump, por sua vez, tem sugerido que poderia se vingar de seus desafetos, prometendo “retribuição” aos seus apoiadores.
Bannon foi o principal estrategista político de Trump nos primeiros sete meses de seu governo e seu nome surgiu diversas vezes durante a investigação do ataque ao Capitólio. Evidências apontam que Bannon tinha conhecimento prévio dos planos de invasão e conversou com Trump antes do incidente.
A Comissão da Câmara que investiga o ataque revelou conversas entre Bannon e Trump, sugerindo que o estrategista politico pediu ao então presidente para concentrar seus esforços no evento de 6 de janeiro. A comissão também rejeitou o argumento de “privilégio executivo” usado por Bannon para não cooperar.