Suprema Corte dos EUA restringe posse de armas para agressores com ordens de restrição ligadas a agressão doméstica.

A Suprema Corte dos Estados Unidos tomou uma decisão impactante esta semana ao determinar que pessoas que possuem ordens de restrição ligadas a casos de agressão doméstica não têm o direito à posse de armas de fogo. Essa decisão mexeu diretamente com uma das emendas mais debatidas da Constituição americana, a Segunda Emenda.

Com uma votação de 8 a 1, os juízes estabeleceram um limite a uma decisão anterior da própria Corte, datada de 2022, que havia ampliado o escopo sobre o acesso a armamentos. O juiz John Roberts, presidente da Corte, destacou que quando uma ordem de restrição indica que um indivíduo representa uma ameaça real à segurança física de uma parceira íntima, é possível proibir esse indivíduo de possuir armas de fogo durante o período em que a ordem estiver em vigor.

O caso em questão envolveu Zackey Rahimi, que em 2019 discutiu com sua então namorada em um estacionamento no Texas e chegou a disparar uma arma na direção de outra pessoa. Após sua namorada obter uma ordem de restrição em 2020, ele foi proibido de possuir armas, porém, isso não o impediu de se envolver em mais cinco episódios públicos envolvendo disparos.

A Suprema Corte derrubou uma legislação do Estado de Nova York sobre restrições ao porte de armas fora de casa, abrindo caminho para que jurisprudências antigas fossem consideradas em processos atuais. A defesa de Rahimi recorreu a um tribunal de apelações de Nova Orleans, que concordou com os argumentos de que as restrições impostas a agressores domésticos “seriam algo que nossos ancestrais jamais aceitariam.”

A decisão da Suprema Corte de restringir o acesso a armas de fogo para quem possui ordens de restrição por casos de agressão doméstica foi vista como uma vitória para a segurança pública e como uma medida de proteção às vítimas. A decisão também levantou debates sobre a interpretação da Segunda Emenda e o direito dos americanos à posse de armas.

Portanto, essa decisão histórica da Suprema Corte dos EUA evidencia a importância da legislação em proteger as vítimas de agressão doméstica e em controlar o acesso a armas de fogo por parte de indivíduos considerados perigosos.

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