O caso tem gerado grande repercussão internacional. Os promotores afirmam que os Hinduja confiscaram os passaportes das trabalhadoras, as forçaram a trabalhar exaustivas 16 horas diárias sem pagamento de horas extras e impediram que elas deixassem a vila onde residiam. Além disso, as alegações incluem a retenção de salários irrisórios, bem abaixo do mínimo estabelecido em Genebra.
A família Hinduja é conhecida por seu vasto império multinacional, com investimentos em diversos setores como automobilístico, bancário, petróleo, imobiliário e saúde. Segundo estimativas do Sunday Times, sua fortuna chega a 37 bilhões de libras, o que os coloca no topo da lista das famílias mais ricas do Reino Unido.
Em meio às acusações, o advogado que representa os Hindujas negou veementemente as acusações, classificando-as como “exageradas e tendenciosas”. No entanto, as investigações apontam que as condições de trabalho impostas às funcionárias eram desumanas e violavam os direitos básicos dos trabalhadores.
O desfecho desse julgamento é aguardado com expectativa, com os procuradores pleiteando penas de até cinco anos e meio de prisão, além de multas milionárias. A família Hinduja, que já enfrentou disputas internas pelo controle de seus ativos, agora se vê no centro de um escândalo que pode abalar sua reputação e seu império empresarial. O mundo aguarda ansiosamente o desfecho dessa trama que expõe a face obscura por trás da fachada de luxo e poder de uma das famílias mais influentes do mundo.
