A reunião entre os dois líderes não contou com uma coletiva de imprensa, conforme afirmou o Executivo alemão previamente. No entanto, um comunicado oficial foi emitido, destacando que Scholz e Milei discutiram os planos de reforma da Argentina e seu impacto na população. Scholz enfatizou a importância da compatibilidade social e da proteção da coesão social como pilares fundamentais.
Durante a visita, cerca de 10 pessoas protestaram contra Milei em frente à chancelaria, exibindo cartazes com mensagens de descontentamento. O presidente argentino enfrentou protestos e distúrbios em Buenos Aires recentemente, especialmente durante a votação do pacote de reformas conhecido como “lei Bases”.
A “lei Bases” proposta por Milei inclui privatizações de empresas públicas, incentivos tributários ao capital estrangeiro e a delegação de faculdades especiais ao Poder Executivo. Apesar dos protestos, o pacote foi aprovado por uma margem estreita no Senado e aguarda aprovação final na Câmara dos Deputados.
Além das discussões sobre as reformas econômicas na Argentina, Scholz e Milei abordaram diversos temas relacionados às relações bilaterais entre os dois países, incluindo comércio, energias renováveis e proteção do clima. Eles também conversaram sobre o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia e o possível acesso da Argentina à OCDE.
A visita de Milei à Alemanha foi precedida por uma passagem pela Espanha, onde ele recebeu uma condecoração da presidente da Comunidade de Madri, causando irritação no governo espanhol. O formato reduzido da visita a Berlim pode ter sido influenciado pelas recentes declarações controversas feitas pelo presidente argentino.
Em resumo, a reunião entre Scholz e Milei em Berlim abordou questões importantes relacionadas à economia argentina e às relações bilaterais entre Argentina e Alemanha, refletindo as tensões e desafios enfrentados pelo governo de Milei.
