Dores do crescimento afetam noites de 15% das crianças brasileiras entre 2 e 14 anos, revela estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria

Entre 2 e 14 anos, cerca de 15% das crianças brasileiras sofrem de dores nas pernas durante a noite. Esses sintomas são conhecidos como “dores do crescimento”, embora a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirme que não estejam relacionados ao desenvolvimento ósseo e muscular.

De acordo com médicos especialistas, essas dores são benignas, intermitentes e tendem a melhorar sozinhas. Geralmente, ocorrem à noite, podendo ser tão intensas a ponto de fazer a criança chorar. No entanto, pela manhã, a criança acorda sem sintomas e sem limitações físicas. Em aproximadamente 95% dos casos, as dores são aliviadas com massagens.

A pediatra Natália Bastos relatou que atende muitos pacientes de 5 a 10 anos com esses sintomas, explicando que as dores não estão relacionadas ao crescimento físico, mas sim a atividades físicas intensas realizadas durante o dia. A maioria dos casos melhora com massagens realizadas pelos pais.

Apesar de atingir entre 10% e 20% das crianças, as dores do crescimento são mais comuns em crianças de 2 a 6 anos, mas também podem ocorrer entre 8 e 14 anos. Segundo os médicos, existe uma coincidência temporal entre o aparecimento das dores e os períodos de crescimento acelerado, mas isso não significa que crescer seja doloroso.

Embora as pesquisas sobre as causas das dores do crescimento sejam inconclusivas, há teorias que tentam explicá-las, como possíveis componentes genéticos e fatores psicológicos nas crianças. No entanto, o diagnóstico é de exclusão, ou seja, outras doenças devem ser descartadas por meio de exames de imagem.

Em resumo, embora as dores do crescimento sejam comuns e geralmente benignas, é importante prestar atenção a certos sinais, como dor intensa e limitante, inchaço, alterações na cor ou temperatura dos membros, entre outros, para saber quando é necessário procurar um médico reumatologista ou ortopedista.

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