Manifestantes pedem arquivamento do PL que equipara aborto tardio a homicídio e criticam presidente da Câmara dos Deputados.

Neste domingo (23), centenas de manifestantes se reuniram na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato contra o Projeto de Lei 1904/24, que propõe equiparar o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio. Organizado pela Frente Estadual contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, o protesto contou com a presença de Clara Saraiva, assistente social e uma das organizadoras do movimento.

Clara destacou a importância de arquivar o projeto, que, segundo ela, criminaliza as mulheres e protege estupradores. A pena de até 20 anos prevista no PL foi apontada como excessivamente severa, ultrapassando a pena para casos de estupro. A deputada federal Jandira Feghali também ressaltou a relevância dos protestos como forma de pressionar os parlamentares e garantir a vitória no Congresso.

Além disso, críticas foram direcionadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que anunciou a criação de uma comissão para debater o projeto no segundo semestre. Para os manifestantes, o adiamento do debate é considerado um desrespeito à população, que tem se mobilizado contra o PL 1904.

Em São Paulo, o ato contra o projeto também foi destaque, com concentração na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo. O lenço verde, símbolo dos movimentos em defesa do aborto legal, marcou presença entre os manifestantes, que demonstraram preocupação com a possibilidade de votação do projeto em agosto.

Letícia Parks, militante do movimento Pão e Rosas, ressaltou a importância da mobilização constante e da luta pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. A defesa da autonomia das mulheres e da ampliação dos direitos reprodutivos também foram pautas da manifestação em São Paulo, que reuniu diversos participantes em um ambiente de clamor pela garantia dos direitos das mulheres.

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