Clara destacou a importância de arquivar o projeto, que, segundo ela, criminaliza as mulheres e protege estupradores. A pena de até 20 anos prevista no PL foi apontada como excessivamente severa, ultrapassando a pena para casos de estupro. A deputada federal Jandira Feghali também ressaltou a relevância dos protestos como forma de pressionar os parlamentares e garantir a vitória no Congresso.
Além disso, críticas foram direcionadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que anunciou a criação de uma comissão para debater o projeto no segundo semestre. Para os manifestantes, o adiamento do debate é considerado um desrespeito à população, que tem se mobilizado contra o PL 1904.
Em São Paulo, o ato contra o projeto também foi destaque, com concentração na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo. O lenço verde, símbolo dos movimentos em defesa do aborto legal, marcou presença entre os manifestantes, que demonstraram preocupação com a possibilidade de votação do projeto em agosto.
Letícia Parks, militante do movimento Pão e Rosas, ressaltou a importância da mobilização constante e da luta pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. A defesa da autonomia das mulheres e da ampliação dos direitos reprodutivos também foram pautas da manifestação em São Paulo, que reuniu diversos participantes em um ambiente de clamor pela garantia dos direitos das mulheres.