O culto ao feminicídio, a misoginia, o racismo e o machismo enraizados na ideologia do RN foram alguns dos temas abordados durante a manifestação. As mulheres, vestidas de roxo em representação ao movimento feminista, ergueram cartazes com frases como “Vá votar antes que ele se torne um fascista” e “O machismo é a cama do fascismo”, alertando sobre os perigos representados pelo partido de extrema direita.
A líder política do RN, Marine Le Pen, tem buscado moderar as posições do partido e atrair o eleitorado feminino. No entanto, muitas mulheres presentes no protesto se mostraram céticas em relação às supostas mudanças da líder política, alegando que ela não representa os valores feministas.
As manifestações ocorreram em diversas cidades, reunindo dezenas de milhares de pessoas de acordo com os organizadores e autoridades. O movimento feminino se tornou uma frente importante de oposição à extrema direita na França, demonstrando sua força e resistência contra ideologias que ameaçam os direitos das mulheres.
Além das questões de gênero, a ascensão do RN e a possibilidade de vitória nas eleições têm gerado preocupação em diversos setores da sociedade. A oposição de esquerda se uniu em uma Nova Frente Popular para combater o avanço da extrema direita, enquanto líderes estrangeiros, como o chanceler alemão Olaf Scholz, expressaram preocupação com os rumos políticos da França.
Com a aproximação do pleito e a intensificação das campanhas eleitorais, a população francesa se vê diante de um cenário político incerto, com o espectro do poder da extrema direita pairando sobre as decisões futuras do país. O resultado das eleições legislativas terá repercussões não apenas na política interna francesa, mas também em todo o cenário europeu.
