Arcebispo de Burgos excomunga e exige saída de freiras rebeldes do convento em conflito com o Vaticano, sem prazo definido.

O arcebispo da cidade de Burgos, no norte da Espanha, está enfrentando uma situação delicada envolvendo dez freiras clarissas excomungadas que se rebelaram abertamente contra o Vaticano. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (24), o arcebispo, dom Mario Iceta, fez um apelo às freiras para que deixem o convento onde residem.

Segundo dom Mario Iceta, as dez freiras foram excomungadas e expulsas da vida consagrada, o que significa que elas não têm mais autorização legal para permanecer nos mosteiros e edifícios anexos. O arcebispo declarou que se as freiras não saírem voluntariamente em breve, medidas legais terão que ser tomadas para garantir sua saída do local.

As freiras em questão residem no convento de Santa Clara, localizado na cidade de Belorado, um local histórico datado do século XV. As dez irmãs decidiram romper com a Igreja e colocar-se sob a autoridade de um sacerdote excomungado, Pablo de Rojas Sánchez-Franco, que fundou a “Pia União de São Paulo Apóstolo”.

A situação gerou um conflito em torno da propriedade do convento e acusações de pertencer a uma seita. As freiras afirmam que a compra de um convento no País Basco espanhol foi bloqueada por Roma, e que estão sendo perseguidas por sua hierarquia.

Diante desse impasse, o arcebispo de Burgos enviou representantes para exigir a entrega das chaves do convento, mas a tentativa foi em vão. A situação ainda não tem prazo definido para solução, mas o arcebispo está disposto a agir com respeito e prudência.

É importante destacar que casos como esse evidenciam as complexidades envolvidas nas relações entre autoridades religiosas e membros dissidentes dentro da igreja católica. A questão da propriedade e da autoridade eclesiástica está no centro desse debate, desencadeando um conflito que envolve tanto questões legais quanto teológicas.

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