A missão no Líbano, onde a capitão de corveta esteve entre 2014 e 2015, foi marcada por desafios e tensões devido ao conflito na região, envolvendo o movimento político e paramilitar Hezbollah. A Fragata Constituição desempenhou um papel crucial na contenção entre Líbano e Israel, contribuindo para proteger o comércio exterior do país. Carla Daniel atuou como oficial de comunicação social e assistente do almirante da força-tarefa marítima, cumprindo sua missão com determinação e profissionalismo.
Além de sua participação no Líbano, a capitão Carla Daniel também teve a oportunidade de integrar a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca) entre setembro de 2022 e outubro de 2023. Sua atuação como conselheira de gênero foi fundamental para garantir a presença e participação das mulheres nas operações de paz da ONU, cumprindo as diretrizes estabelecidas pela Secretaria-Geral da organização.
Atualmente, Carla Daniel serve no Departamento de Doutrina do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. Sua trajetória de sucesso e experiência em missões de paz a tornaram uma referência na Marinha do Brasil. A capitão será palestrante no 12° Curso de Operações de Paz para Mulheres, promovido em parceria com a ONU no Rio de Janeiro, destacando a importância da representatividade feminina e da capacitação das mulheres nas operações de paz.
O curso, que recebe militares estrangeiras no Centro de Operações de Paz de Caráter Naval, tem como objetivo ampliar a atuação feminina em missões de paz da ONU. A presença recorde de representantes de outros países nesta edição reflete o interesse crescente na capacitação oferecida pela Marinha do Brasil. A primeira fase do curso será realizada de forma remota, seguida por atividades práticas na fase presencial.
A participação de mulheres como a capitão Carla Daniel e a capitão-tenente Débora em missões de paz da ONU demonstra o compromisso e dedicação das militares brasileiras em contribuir para a paz e estabilidade global. A representatividade feminina nessas operações é fundamental para promover a igualdade de gênero e garantir um ambiente mais seguro e inclusivo para todos os envolvidos.