Empresas chinesas, incluindo gigante da indústria de satélites, sancionadas pela União Europeia em ofensiva russa na Ucrânia.

A União Europeia divulgou uma lista de empresas chinesas sancionadas em decorrência do conflito entre Rússia e Ucrânia. O governo chinês tem sido alvo de acusações de apoio à ofensiva russa, o que Pequim nega veementemente. Entre as 19 empresas listadas, destacam-se gigantes da indústria de satélites da China, incluindo empresas sediadas em Hong Kong.

Dois importantes atores da indústria satelital chinesa foram acusados de fornecer equipamentos e imagens para o grupo de mercenários russo Wagner. A empresa Beijing Yunze Technology Co. Ltd vendeu dois satélites por cerca de US$ 31 milhões para uma empresa associada ao chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin. Esse contrato foi revelado em uma investigação da AFP em outubro, o que levanta suspeitas sobre a participação das empresas chinesas no apoio à Rússia.

Os satélites de observação de alta resolução pertencentes à Chang Guang Satellite Technology (CGST), uma das principais empresas do setor, foram vendidos às empresas russas sob sanção da UE. O diário oficial da UE apontou que as entidades sancionadas contribuem para o fortalecimento tecnológico e militar da Rússia, o que preocupa os países ocidentais.

As acusações de que a China fornece indiretamente armas para a Rússia são negadas pelo governo, mas os Estados Unidos afirmam que as empresas chinesas estão envolvidas na disponibilização de componentes e equipamentos para o setor de defesa russo. Essa situação tensiona ainda mais as relações entre as potências globais e acende o alerta para a possível influência e suporte da China à Rússia nesse cenário delicado.

Com a sanção das empresas chinesas, a União Europeia demonstra que está disposta a agir contra qualquer envolvimento de entidades que possam colaborar com o fortalecimento militar da Rússia, aumentando a pressão sobre a China para rever suas relações com o país europeu em meio a essa crise internacional.

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