Essas negociações têm gerado resistência por enfraquecerem o acordo de paz assinado anteriormente com essa mesma dissidência das Farc em 2016. O senador Humberto de la Calle, negociador-chefe do acordo de 2016, expressou suas dúvidas sobre a eficácia do diálogo atual e sugeriu que talvez o caminho mais sensato para esses dissidentes seja a submissão.
Gustavo Petro já está envolvido em outras negociações de paz, como aquelas com o Exército de Libertação Nacional (ELN). O início das negociações com a ‘Segunda Marquetalia’ acontece após a assinatura de um documento focado em reformas democráticas para a promoção da paz, priorizando as populações locais e os territórios afetados pelo conflito.
O líder da ‘Segunda Marquetalia’, Iván Márquez, que reapareceu recentemente em um vídeo expressando apoio a Petro, é considerado uma figura importante e com fortes bases ideológicas dentro do grupo. Esse peso político pode acelerar e tornar mais eficaz o processo de negociação em relação a outras dissidências das Farc.
A colaboração entre o governo colombiano e a ‘Segunda Marquetalia’ é um passo importante rumo à busca de soluções pacíficas e à desescalada do conflito armado que assola a Colômbia. A expectativa é que essas negociações possam contribuir significativamente para a construção de territórios de paz e o atendimento das vítimas desse longo e doloroso conflito.