Repórter Recife – PE – Brasil

Japão lança aplicativo de namoro para incentivar casais a terem filhos e combater queda na taxa de fecundidade.

No início deste mês, a prefeitura de Tóquio, no Japão, surpreendeu ao anunciar planos para lançar um aplicativo de namoro com um objetivo bem definido: formar casais e incentivá-los a ter filhos. O Tokyo Futari Story, como foi denominado, exigirá confirmação de identidade, comprovação de renda e um compromisso do usuário de que está pronto para o casamento.

Essa iniciativa tem como objetivo lidar com a crise persistente no país, que enfrenta uma queda nas taxas de fecundidade. Essa questão não é exclusiva do Japão e tem sido motivo de debate em todo o mundo sobre como estimular a fertilidade e repensar as políticas demográficas existentes.

De acordo com a ONU, a população mundial deverá atingir 10,4 bilhões de pessoas até o ano de 2086, mas o crescimento populacional não será uniforme. Enquanto a África Subsaariana apresenta altas taxas de crescimento populacional, países como a Europa e partes da Ásia, incluindo Japão e China, devem experimentar diminuição nas populações.

No Brasil, dados do Banco Mundial indicam que a cada mulher tinha em média 1,6 filho em 2022, e esse número deve cair para 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100. Essas projeções reforçam a necessidade de repensar políticas de incentivo à maternidade e paternidade em todo o mundo.

No Japão, o desafio é ainda mais evidente, com uma taxa de fecundidade de 1,3 filho por mulher, o que levou o governo a anunciar investimentos significativos, no valor de até US$ 22 bilhões, em políticas para estimular os nascimentos. Apesar de contar com políticas de licença maternidade e paternidade flexíveis na OCDE, a taxa de utilização desses benefícios pelos pais ainda é baixa, o que mostra a urgência em encontrar soluções eficazes para a crise demográfica.

Em todo o mundo, diversos países têm adotado medidas para estimular a natalidade, como benefícios financeiros, tratamentos de fertilidade gratuitos e programas de políticas familiares. Essas ações visam enfrentar os desafios econômicos e sociais decorrentes do envelhecimento da população e da baixa taxa de fecundidade.

Em resumo, a crise demográfica é uma questão complexa e global que exige ações coordenadas e inovadoras para garantir não apenas o crescimento populacional, mas também o bem-estar e a sustentabilidade das sociedades em todo o mundo. É importante considerar não apenas os números, mas também as escolhas individuais e o empoderamento das mulheres em todas as políticas demográficas para garantir um futuro saudável e próspero para todos.

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