Documentos judiciais revelaram que Assange foi libertado da prisão no Reino Unido, onde aguardava extradição para os EUA, e já retornou à Austrália na noite de segunda-feira, 24. Ele deverá comparecer ao tribunal federal nas Ilhas Marianas na quarta-feira, 26, para se declarar culpado de conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional, de acordo com o Departamento de Justiça.
A confissão de culpa encerra o caso que gerou um amplo debate sobre liberdade de imprensa nos EUA e no mundo. Enquanto seus apoiadores argumentam que Assange agiu como um jornalista ao expor irregularidades militares dos EUA, os investigadores afirmam que suas ações violaram leis destinadas a proteger informações sensíveis e colocaram em risco a segurança nacional.
O acordo garante que Assange admita a culpa, mas não enfrentará pena adicional de prisão. Ele havia passado anos asilado na embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso no Reino Unido sob acusações de estupro. Extraditado para os EUA, enfrentou um longo processo judicial em Londres, finalizado com este acordo.
As acusações contra Assange remontam a 2010, quando ele ajudou a analista de inteligência Chelsea Manning a obter e publicar telegramas diplomáticos e arquivos militares. Esses documentos revelavam segredos militares dos EUA no Iraque e Afeganistão, colocando em risco a segurança nacional do país e de seus aliados.
O caso de Assange gerou grandes repercussões no cenário internacional e agora, com este acordo de culpabilidade, encerra-se mais um capítulo dessa conturbada história.
