Além disso, está em discussão uma proposta de lei que torna a mídia e as plataformas responsáveis por reduzir a exposição a conteúdo nocivo, como bullying, sexualização de crianças, incitação ao extremismo, violência ou ódio. Essas medidas têm como objetivo proteger os cidadãos e garantir um ambiente digital mais seguro e saudável.
Recentemente, o professor associado da Escola Max Bell de Políticas Públicas da Universidade McGill, Taylor Owen, esteve no Brasil para compartilhar a experiência canadense com brasileiros interessados no assunto. Durante uma conferência na Universidade de Brasília, Owen destacou a importância da regulamentação das plataformas digitais para a sustentabilidade do jornalismo e a proteção dos usuários.
Owen ressaltou que a regulação das plataformas não deve ferir a liberdade de expressão, mas sim garantir que o conteúdo disponibilizado seja seguro e responsável. Ele enfatizou a importância de lidar com problemas como abuso de dados pessoais, desinformação, manifestações de ódio e outros conteúdos prejudiciais que circulam nas redes sociais.
Em relação ao futuro do jornalismo e da inteligência artificial, Owen expressou preocupação com os possíveis impactos negativos de acordos entre empresas de jornalismo e empresas de inteligência artificial. Ele alertou para o risco de desvalorização do papel do jornalismo e destacou a importância de manter a integridade e o propósito da profissão jornalística diante dos avanços tecnológicos.
Diante desse cenário, a regulação das redes sociais e a proteção do jornalismo se tornam questões fundamentais para garantir um ambiente digital saudável, seguro e democrático. O Canadá, juntamente com outros países, tem liderado esse movimento, inspirando ações em outras partes do mundo na busca por um equilíbrio entre liberdade e responsabilidade no ambiente digital.