As declarações de Macron ocorrem a seis dias do primeiro turno das eleições legislativas na França, que foram antecipadas após a vitória do partido Reagrupamento Nacional (RN) nas eleições europeias. A estrela em ascensão da extrema direita, Jordan Bardella, afirmou que o RN está preparado para governar e que, caso conquistem a maioria absoluta nas eleições legislativas, estão prontos para assumir o poder.
No entanto, o primeiro-ministro de centro, Gabriel Attal, discordou das declarações de Bardella, afirmando que o RN não está preparado para governar e que é um partido de oposição, não de governo. As pesquisas apontam que o RN e seus aliados lideram as intenções de voto para as legislativas, seguidos pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular e pela aliança centrista de Macron.
Bardella apresentou seu programa político, focando em segurança, controle da imigração e autoridade nas escolas. Ele criticou o governo de Macron, alegando que sete anos de ‘macronismo’ enfraqueceram o país. Além disso, o candidato da extrema direita prometeu medidas para expulsar estrangeiros condenados por crimes e cortar gastos que favorecem a imigração.
Em relação à política internacional, Bardella garantiu que seu eventual governo será “muito vigilante” em relação à Rússia e manterá o apoio à Ucrânia. Ele também se posicionou sobre o conflito entre Israel e o Hamas, rejeitando o reconhecimento de um Estado palestino.
Apesar dos temores sobre a chegada da extrema direita ao poder na França, Bardella tentou mostrar tranquilidade e se apresentar como um líder para todos os franceses. O cenário político no país está bastante conturbado, com a antecipação das eleições legislativas e a incerteza sobre quem irá governar. A população francesa está dividida entre diferentes ideologias, o que torna o futuro político do país ainda mais incerto.