De acordo com Marina Silva, a bacia do Paraguai está enfrentando uma severa escassez hídrica, o que tem contribuído para a propagação dos incêndios na região do Pantanal. A ministra detalhou que a estiagem, causada pelos fenômenos do El Niño e El Niña, resultou em uma grande quantidade de matéria orgânica em combustão, alimentando os incêndios de forma incomum e fora do padrão.
Com um planejamento iniciado desde outubro do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente havia previsto o cenário adverso dos incêndios para este ano e tomou medidas preventivas. Marina Silva informou que houve a decretação de situação de emergência em relação aos incêndios e à contratação de brigadistas, que seriam fundamentais para conter as chamas.
A ministra ainda destacou a necessidade urgente da aprovação pelo Congresso da Lei do Manejo Integrado do Fogo, ressaltando que o enfrentamento à situação exigia a colaboração de diversas esferas governamentais. Ela alertou sobre a proibição do uso do fogo em pastagens, enfatizando que qualquer ação nesse sentido configuraria um delito.
Diante da gravidade da situação, os governos estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram a proibição do manejo controlado de fogo, acatando as orientações do Ministério do Meio Ambiente. A ministra Simone Tebet, do Planejamento, destacou a colaboração entre os estados e o governo federal para enfrentar os incêndios.
Cabe ressaltar que mais de 80% dos incêndios estão ocorrendo em propriedades particulares, o que evidencia a importância de uma conscientização coletiva sobre a preservação ambiental. A situação calamitosa no Pantanal requer a união de esforços e a implementação de medidas eficazes para combater os incêndios e proteger a rica biodiversidade da região.